UM
SENHOR CHAMADO MILTON NASCIMENTO
Acabei
de chegar de Águas da Prata onde tomamos, eu e o Lima, nosso café da manhã
dominical. O Lima, antenado que é, fica com grande parte dos jornais, eu,
amante das artes, me contento com o Caderno 2.
Hoje
o domingo do tal caderno, foi totalmente dedicado ao senhor Milton Nascimento,
senhor sim, pasmem, ele fará 75 anos neste ano de 2017, em outubro, para ser mais
precisa.
A
emoção que as matérias me causaram foram muitas. Milton, foi meu primeiro
grande amor musical, mesmo antes do Chico Buarque, acreditem se quiser.
Milton,
com a voz dos “Anjos”, segundo a Bethânia, ou mesmo com a voz do próprio “Deus”,
como acreditava Elis Regina. Voz única e para mim, indescritível. Voz que
penetra na alma do mais gélido ser, e traz à tona toda gama de sentimentos
possíveis.
Fosse
apenas a voz..., mas ele vem completo, com letras e canções, que somente
grandes gênios são capazes de compor/escrever.
Milton
me fez chorar de emoção inúmeras vezes. Travessia,
O Rouxinol, Canção do Sal, San Vicente, O que foi feito deverá, Maria, Maria,
Tristesse, e por aí afora.... Lembro-me de ter demorado anos para me arriscar
a cantar Morro Velho, pois chorava
copiosamente quando a ouvia.
E
é dele a “canção da minha vida”, Cais, que
é e sempre será meu hino!
Pesquisando
sua obra, podemos observar que ele é uma pessoa que sempre teve inúmeros
parceiros musicais, e grandes poetas ao seu lado nas canções: Canção Amiga, parceria com Drummond, Bela Bela, com Ferreira Gullar, apenas uma
minoria de sua obra não têm parceiros.
Junta-se
essa genialidade, a um eterno menino apaixonado e grato ao mundo, temos ao
nosso dispor, Milton Nascimento. Que presente os céus nos deu!
Ele
voltará aos palcos em março, primeiramente em BH, está com saudades de nós,
seus fãs. Quero muito ir vê-lo. O nosso tempo aqui neste planetinha, nem é mais
tanto assim, precisamos aproveitar.
Milton,
que bom que voltará. Meu coração mais uma vez será embalado por sua voz.
Sua
bênção! E desculpe pelo “Senhor” do título, artistas e sonhos não envelhecem,
não é?
Silvia
Ferrante – fevereiro de 2017
PS: Dedico este texto às
minhas queridas: Maria Lígia Fagotti, Renata Melo, Eliane Almeida e ao meu
mestre Luis Carlos Pistelli, que descortinou o mundo de Milton para mim.
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