domingo, 19 de fevereiro de 2017

UM SENHOR CHAMADO MILTON NASCIMENTO

UM SENHOR CHAMADO MILTON NASCIMENTO

Acabei de chegar de Águas da Prata onde tomamos, eu e o Lima, nosso café da manhã dominical. O Lima, antenado que é, fica com grande parte dos jornais, eu, amante das artes, me contento com o Caderno 2.
Hoje o domingo do tal caderno, foi totalmente dedicado ao senhor Milton Nascimento, senhor sim, pasmem, ele fará 75 anos neste ano de 2017, em outubro, para ser mais precisa.
A emoção que as matérias me causaram foram muitas. Milton, foi meu primeiro grande amor musical, mesmo antes do Chico Buarque, acreditem se quiser.
Milton, com a voz dos “Anjos”, segundo a Bethânia, ou mesmo com a voz do próprio “Deus”, como acreditava Elis Regina. Voz única e para mim, indescritível. Voz que penetra na alma do mais gélido ser, e traz à tona toda gama de sentimentos possíveis.
Fosse apenas a voz..., mas ele vem completo, com letras e canções, que somente grandes gênios são capazes de compor/escrever.
Milton me fez chorar de emoção inúmeras vezes. Travessia, O Rouxinol, Canção do Sal, San Vicente, O que foi feito deverá, Maria, Maria, Tristesse, e por aí afora.... Lembro-me de ter demorado anos para me arriscar a cantar Morro Velho, pois chorava copiosamente quando a ouvia.
E é dele a “canção da minha vida”, Cais, que é e sempre será meu hino!
Pesquisando sua obra, podemos observar que ele é uma pessoa que sempre teve inúmeros parceiros musicais, e grandes poetas ao seu lado nas canções: Canção Amiga, parceria com Drummond, Bela Bela, com Ferreira Gullar, apenas uma minoria de sua obra não têm parceiros.
Junta-se essa genialidade, a um eterno menino apaixonado e grato ao mundo, temos ao nosso dispor, Milton Nascimento. Que presente os céus nos deu!

Ele voltará aos palcos em março, primeiramente em BH, está com saudades de nós, seus fãs. Quero muito ir vê-lo. O nosso tempo aqui neste planetinha, nem é mais tanto assim, precisamos aproveitar.
Milton, que bom que voltará. Meu coração mais uma vez será embalado por sua voz.

Sua bênção! E desculpe pelo “Senhor” do título, artistas e sonhos não envelhecem, não é?

Silvia Ferrante – fevereiro de 2017



PS: Dedico este texto às minhas queridas: Maria Lígia Fagotti, Renata Melo, Eliane Almeida e ao meu mestre Luis Carlos Pistelli, que descortinou o mundo de Milton para mim.

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