O
sangue escorre pelo buraco da bala, a plasta vermelha encharca a cabeça. A vida
que um dia existiu e que até poucos instantes pulsava, se esvaiu com todo
plasma. Somos apenas isso? Temos consciência da nossa pequenez?
Ali,
inerte e sem vida, jaz mais uma vítima da violência humana.... Quem é essa
pessoa? Por que tanto ódio? Essa rotina, a faz enxergar o quanto a vida é um
fio, tênue fio.
Esse
dia-a-dia da emergência a está consumindo. Não pode mais suportar a dor que não
é dela. Outras dores a consomem, tudo fica pesado demais.
Seus
olhos entristecidos, não suportam mais assistir a cenas como esta; seu coração
apertado engole um soluço e ela, impotente, se cala.
Precisa
trabalhar...
Silvia Ferrante
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