terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

“O QUE SOMOS”

“O QUE SOMOS”

Sempre ouvi dizer que as pessoas que passam por nossa vida, sempre deixam um pouco de si e levam consigo um pouco de nós.
Não sei o que posso ter entregue àquelas pessoas que passaram por mim. Tomara que tenha conseguido dar boas coisas. Creio que isso nem sempre aconteceu. Tem dias em que estamos do avesso; que pena!
Parei para pensar e consegui captar algumas coisas que considero boas e que, pessoas muito queridas deixaram de presente para minha vida.
De meus pais e irmãos recebi a segurança do amor incondicional. De minhas filhas e netos, a certeza da plenitude enquanto mulher, o amor e a esperança no futuro.
De meus amigos, as coisas mais incríveis, diversas e ricas. O Pedro Conti me ensinou a beleza da liberdade e da amizade sem limites, a Zizi Abdal me deu muitas lições de coragem, Zezinho Só a genialidade, Célia Bertoldo o tempo da delicadeza da música e a fé em mim. Lealdade recebi das meninas da Santa Casa, posso citar a Celina Balbino, a Joana Andrade, a Martinha, a Maria Mariano e a Valdenice, entre outras.
Do pessoal do Teatro de Tábuas a alegria, o comprometimento, lições bem aprendidas com o Júnior (Antônio), o Daniel Salvi, o Thiago Kávila, e a Suiara.
A determinação veio da Renatinha Melo e o cuidar da Sônia Quintaneiro. Do miguinho Gilberto Brandão a palavra, do Ronaldo Marin e da Zeza, a persistência.
Do Adolfo Mazzarini (Testa) a grande lição da amizade (mais uma, graças a Deus), do Zé Jabur a doçura e o acolhimento. Beto Amiki se fez em forma de companheirismo, a Tuca e o Sérgio Michelazzo em bondade. O Fredinho Blasi e a Selma me deram lições de apoio e solidariedade. E a Maria Célia Marcondes em elegância.
É delicioso lembrar também das lições de simplicidade e da alegria de viver da Tereza Galdino Amâncio, da confiança do meu novo amigo João Olívio Sibin, da retidão e do talento da Sílvia Borges. Isso sem falar do bom humor invejável do meu ex-amigo invisível Jotace (José Carlos Carneiro), não ficamos inimigos não, é que agora a gente se conhece, não somos mais invisíveis...
Outras coisas que me comovem: a humildade do talentoso José Roberto Vital, a fé da Neusa Fialho, o carinho e o amor imensos da Cláudia Maksoud, a sensibilidade do Xamã Timberê, a jovialidade do seu Jorge (que já partiu) e da dona Ica. A poesia do João(Anjo) Gabriel, a amizade da Maria Lígia Fagotti, o amor desprendido da Marcy Berth(uma lição de vida), o envolvimento, o amor, a música e a retidão do Lima.
Não quero com esses exemplos, dizer que essas pessoas citadas me doaram apenas essas coisas, não. Cada um deu muito mais de si do que eu poderia ter escrito. Isso sem contar as outras tantas que não conseguiria colocar num pedaço de papel.
Cada uma das pessoas que passaram, deixaram coisas.... Muitas coisas...
Seriam milhares de exemplos, ainda mais no meu caso, que conheço muitas pessoas especiais. Sei que cada uma delas colaborou de alguma forma para que eu me transformasse no hoje eu sou.
Somos feitos desses pedaços todos e nos deixamos também pela vida. O grande segredo é esse: saber receber e saber doar-se.
Nem sempre sabemos o quanto e nem quando estamos participando tão intimamente da vida de alguém, por isso o grande segredo é estarmos sempre atentos. As pessoas captam coisas nossas e se deixam em nós.
E isso é no mínimo lindo!

Texto e Foto: Silvia Ferrante


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