terça-feira, 30 de maio de 2017

Ah! Mar....




Todo dia, todo mar

Amar nos move

Nos leva além mar

Infinitude plena

No ir e vir das ondas...


Na espuma salgada dos corpos

Que assim como as ondas


Vem e vão


Poema/Foto: Silvia Ferrante




quarta-feira, 10 de maio de 2017

Ainda sobre domingo na Paulista

Na postagem anterior lhes contei sobre como foi o não recebimento do meu certificado do Concurso de Poesia Contemporânea Brasileira, e disse que aproveitei para caminhar pela Avenida Paulista, centro de tantas e tantas ações neste meu País.
Durante a caminhada, fomos abordados por várias pessoas, cada uma oferecendo algo, pedindo uma participação, como aquela que pede um minuto de silêncio. (Eu fiz, José não deu conta, rsrs)
Fomos abordados por um rapaz descabelado e com um jeito feliz, que me chamou atenção.
Ele trazia em suas mãos, vários livretos, feitos artesanalmente, que continham poemas de sua autoria. Veio parar justo em minhas mãos...
Escrevi para ele quando terminei de ler os poemas escritos e pedi autorização para repartir com vocês os poemas dele. 
Ele, o Luiz silva (escrito assim mesmo), me autorizou, por isso peço
que leiam e saboreiem as palavras desse poeta:

*
Meu deus
pelo amor de deus
eu quero ser medíocre pra sempre
pra já ir garantindo
um lugarzinho pra mim lá no céu

Porque aqui na terra nada cai do céu
e pra conseguir alguma coisa
tem que ser na porrada
ou revirando o lixo

Meu deus
eu não quero ser ninguém nessa vida
pra não ter que jogar a minha vida no lixo
pra que outro cate
e ganhe algo com isso

Meu deus
tenha piedade de mim
e se souber de alguém
que queira comprar minha alma
venda ou troque por bala
mas faça alguma coisa por mim!

Luiz silva

*
Eu queria botar no papel
o silêncio
e todas as palavras que joguei ao vento
mas nem sequer reconheço
a minha letra...

Luiz silva

*
Tento não pensar
e isso me basta
para perceber que são inúteis 
as minhas palavras...

Luiz silva

Fico aqui a reler, reler, reler....


Silvia Ferrante - Texto e Foto 


A foto retrata minha volta pra casa. Da janela do ônibus.....

terça-feira, 9 de maio de 2017

SOBRE O PRÊMIO DE POESIA CONTEMPORÂNEA BRASILEIRA – 2017



Alguns amigos me perguntaram como foi a cerimônia de entrega do Prêmio de Poesia, do qual fui uma das classificadas; respondo: não foi, rsrs.
Cheguei 10 minutos atrasada, por causa do horário de ônibus São João - São Paulo e o Teatro Gazeta já estava com as portas fechadas e seus 700 lugares tomados.
Muita gente brava no saguão, ameaças, tumulto generalizado.
Fiz uma foto lá fora mesmo com o Editor português, Luiz Raimundo, da Chiado Editora, que espero, tenha sobrevivido. Comprei o meu exemplar e fui embora andar pela Avenida Paulista, maravilhosa aos domingos, com meu eterno e amado amigo Zezzo Fonseca.
Gostaria de dar uns “pitacos” sobre esse evento: uma festa grandiosa dessas, deveria ser programada para um espaço maior. Pois se são 1.500 autores, mais famílias e amigos, não seria mesmo possível caber num espaço de 700 lugares apenas. Um dos autores mais bravos havia chegado de Belém do Pará para o evento, ficou de fora como tantos outros e estava furioso, com razão, Belém é longe demais.
Se a Chiado tem todo este prestígio com as pessoas, deveria também prestigiá-las, dando-lhes a chance de participar de um evento para o qual foram convidadas.
A escrita é tão desprestigiada neste nosso país, que quando temos um evento deste porte, ficamos felizes e queremos estar lá.
Por isso, peço aos organizadores: revejam suas atitudes e tentem acertar numa próxima. Não tratem as pessoas como se não tivessem importância, todos temos, e muita!
É isso! Aguardo meu certificado chegar pelo Correio, que será outro problema......


Silvia Ferrante – maio 2017

                                                                   Foto: Zezzo Fonseca

Foto: Silvia Ferrante

Foto: Silvia Ferrante


quinta-feira, 4 de maio de 2017

Poucas palavras...



"hoje as palavras estão escassas...
 Não quis escrever aqui, nada daquilo que existia.
 hoje as palavras estão escassas...
 O absurdo em que o mundo imergiu, roubou-me as letras.
 hoje as palavras estão escassas....
 E somem na escuridão que aos poucos chega."


Texto e foto: Silvia Ferrante